sábado, 26 de dezembro de 2009

got fire?




É um filme de diversos diretores composto por 11 curtas rodados em NY. E se parte do glamour de Holywood se devia às baforadas enevoando a cena em um piano bar ou cabaré, agora é a vez dos encontros na calçada - em inglês, curbside - quando as pessoas saem do restaurante pra fumar.

A chatíssima, internacional e inevitável lei anti-fumo acabou com o glamour dos galãs de cinema, infertilizou a filosofia de boteco e criou o anticlimáxico curbside romance. Se ninguém inventou esse termo ainda, tá na hora.

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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

lichia e leniência


é tempo de festas de fim de ano. luzinhas pela cidade, shoppings aquecendo a economia, trânsito do cão pra ver a decoração da avenida paulista e do ibirapuera, transformando o meu endereço no centro do congestionamento mundial. mas tudo bem. porque também é tempo de lichia.

na minha infância não existia lichia. a gente comia muitas frutas, mas essa daí não tinha não. eu descobri que ela existia só na época da faculdade, na casa de uma amiga mais bem informada. lembro que achei estranho aquele morangão alí na tigela. na hora que vi alguém no procedimento de descascá-lo entendi que não era um morangão, mas uma coisa totalmente nova. provei a primeira e estranhei um pouco a textura. mas depois adorei, fiquei fã. e agora eu me sinto meio criança na frente da árvore de natal quando descubro lichias nas gôndolas do supermercado. é o gosto dessa época do ano.

junto com as lichias vem também outro gosto bom, que é a sensação de que logo mais vamos conseguir dar uma pausinha na rotina. não que mude alguma coisa efetivamente quando o calendário vira, mas para mim a paradinha do final do ano traz de fato uma aliviante disposição para a leniência. o relatório não ficou pronto? tudo bem, ano que vem a gente vê isso. saiu do regime? ah... são as festas! não vai dar pra encerrar tudo bonitinho e cumprir em poucos dias o que não fiz o ano todo? beleza. ano que vem eu penso nisso.

e vamo que vamo. porque pra ser bem honesta esse blog foi a única coisa da minha vida que permaneceu funcionando ao longo de 2009. já todo o resto...

bom. isso aí a gente vê no ano que vem.
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

ímpeto

eu não sei dizer a diferença entre coragem e estupidez...









sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

roquenrrrrrol!!!

se eu tivesse uma banda essa seria uma música obrigatória.
pra cantar de olhos fechados, cara de quem tá amarradão e tal...

sonzinho bom para cacete. enjoy!






MOLLY'S CHAMBER
Kings of Leon

Free - is all that she could bleed
That's why'll she'll never stay
White - bare naked in the night
Just lookin' for some play
Just another girl that wants to rule the world
Any time or place
And when she gets into your head
You know she's there to stay

You want it
She's got it
Molly's Chambers gonna change your mind
She's got your
Your pistol

Slow - She's burnin' in your soul
With whispers in your ear
It's okay I'll give it anyway
Just get me out of here
You'll plead - you'll get down on your knees
For just another taste
And when you think she's let you in
That's when she fades away

You want it
She's got it
Molly's Chambers gonna change your mind
She's got your
Your pistol




acho que se eu tivesse a voz do joe e soubesse tocar violão eu ia ser tão auto-suficiente que eu nunca mais saía de casa.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

queen mafalda

donne son avis. surtout si on ne le lui demande pas.
dá sua opinião. sobretudo se não lhe for pedida.

o mundo tá muito cheio de coisas. tem novidade acessível a todo momento. excelente. mas como tem muita tralha misturada fica difícil selecionar o que vale a pena. nesse ponto os blogs temáticos ajudam muito: você descobre alguém com um gosto interessante e deixa essa pessoa caçar tendências pra você. daí é só ir na cola... esses tempos descobri essa regravação por causa de um amigo e daí cheguei no blog desse francês: queen mafalda.

se o lobão fosse escrever aquela música hoje, o café, o cigarro e o trago trariam também a companheira internet.


domingo, 13 de dezembro de 2009

entangled in a thousand threads




não pára nunca de tocar esse maldito telefone. é sempre engano, porque quem ligaria pra mim sabe que eu não atendo mesmo. pois é, não sei porque tô pagando essa linha. sei que já é tarde mas ainda não tô afim de acordar. se eu virar o travesseiro ele fica bem fresquinho e eu consigo dormir mais um pouco. fecho os olhos com força pra me esconder da claridade da tarde que entra pela persiana fechada. uma outra coisa ruim de dormir sozinha é que os pernilongos todos só tem o seu pé pra escolher.
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sábado, 12 de dezembro de 2009

casinha


HOME IS WHERE IT HURTS - CAMILLE
My home has no door
My home has no roof
My home has no windows
It ain't water proof
My home has no handles
My home has no keys
If you're here to rob me
There's nothing to steal

(A la maison. Dans ma maison. C'est là que j'ai peur)

Home is not a harbour
Home home home
Is where it hurts

My home has no heart
My home has no veins
If you try to break in
It bleeds with no stains
My brain has no corridors
My walls have no skin
You can lose your life here
Cause there's no one in

(A la maison. Dans ma maison. C'est là que j'ai peur)

Home is not a harbour
Home has not a hearse
Home is not a harvest
Home home home
Is where it hurts




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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

casquinha

tó: aqui tá seu corpo, ele é seu veículo. use-o pra seu prazer. não o use pra machucar os outros. o desempenho vai ser tão bom quanto a manutenção que você providenciar. na saída você tem que devolvê-lo. tudo o que você fizer durante a sua permanência é problema seu. ah! e fica esperto porque passa muito rápido. enjoy your stay.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

senhor urso

mais um se foi. mais um dos queridos. quero acreditar que ele teve escolha. e preferiu partir a ficar aqui sofrendo. só que sinto muito, muito, muito por quem ficou. porque o vazio que sobra, mesmo quando não há motivos pra revolta, é realmente devastador.

sábado, 5 de dezembro de 2009

pacifier

try to rest a bit. ou cigarro. vinho. livro. chiclete. yoga. música. internet. tv. prozac. try everything. go with whatever works.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Ãhn? Desconstruindo quem?

Eu tinha pensado numa idéia pra postar... Ou alguém tinha falado alguma coisa que eu achei legal e queria postar, não lembro direito... Essa é a minha sensação de todo dia. Eu fico ocupada o dia todo mas no final não sei dizer o que fiz. Tinha sempre alguma coisa que eu devia ou queria fazer, mas não sei se não rolou ou se eu desisti. Ou esqueci.

É muito estranho me ver desse jeito. Sendo uma 'dessas pessoas'. Não faz muito tempo eu ainda era extremamente ligada e cuidadosa. Era conhecida por dar conta de tudo, dar notícia de tudo, saber tudo de cor. Era detalhista, compenetrada. Orquestrava mil coisas diferentes sem fazer esforço. Sabia onde queria chegar e era sintonizada. Updated and sharp.

Só que agora, há uns bons quase 2 anos, eu percebo que sou diferente: desligada, impersistente. Não, eu não escolhi ser assim! Aconteceu. E, eu juro, é mais forte do que eu. Agora eu sou uma pessoa sem foco.

O que me leva ao meu personagem emblemático + cena de cinema inesquecível #3: Mel, o personagem do Robin Williams no filme Desconstruindo Harry, do Woody Allen. A história é sobre um filme que está sendo feito. Em determinado momento a equipe se agita pois um dos caras da produção não consegue focar Mel, um dos personagens do filme do filme, com a câmera. Depois de uns minutos questionando a qualidade das lentes, o diretor olha diretamente para o ator e constata que o equipamento de filmagem está em ordem. É o próprio ator quem está fora de foco.

No princípio ele não se dá conta. Está evidente pra todo mundo mas ele mesmo não percebe. Igual na vida real.

Ao chegar em casa a família também se espanta e o leva a consultar um médico. O diagnóstico é certeiro: Não há nada de errado com você, exceto pelo fato de que você está sem foco.

E o genial de Woody Allen se coloca na única solução disponível, claro. Distribuem-se óculos para todos os familiares. O filho resiste a princípio, mas é logo convencido pela mãe. Sim, sim. Ponha os óculos! Realmente melhora! Então, na impossibilidade de reverter a situação-problema, a solução muda de foco (hãn?). O negócio vai ser assim: quem ficar enauseado com a distorção, com a imagem borrada, faça a gentileza de por os óculos. Caso contrário vão me ver embaçado, sem nada definido, impreciso.

Não há nada muito mais que eu possa fazer no momento. Viver não é preciso, anyway.
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