sábado, 10 de janeiro de 2009

Gente que faz

(de quase um tudo)

Acabei de voltar da Espanha e tive a grata surpresa de constatar que o país se adaptou bem mais aos cadeirantes. Tem rampa, elevador e facilitadores de barreiras em toda parte. Assim, como feliz consequência, vê-se muita gente de cadeira de rodas pelas ruas, museus, lojas, parques. Vivendo livremente na rua. Eficientes na vida. Um alívio. Deu uma esperança de ver em larga escala a idéia de que cada um deve poder usar o que tem de melhor e não ser impedido pelas suas dificuldades.


Lembrei de uma história legal de um grupo de terapia que eu vi na faculdade. Era uma turminha de 8 pessoas com deficiências diversas que estava na vida, estudando, trabalhando, amando, lutando. Eram 3 homens e 5 mulheres, entre elas duas chamadas Maria: uma com deficiência auditiva e a outra visual. Eles se encontravam com o terapeuta uma vez por semana e dificilmente alguém faltava, mas os atrasos eram constantes, visto que dependiam de transporte público e às vezes ainda tinham contratempos adicionais aos da maioria das pessoas.

Numa certa tarde a terapeuta estava esperando na sala, quase dez minutos passados do horário da sessão e ninguém tinha chegado ainda. Logo apareceu o Giba, esbaforido, pedindo desculpas e dizendo que o trânsito estava uma loucura. Mas que não era pra se preocupar porque ele tinha falado com todo mundo e todos tinham confirmado que iriam à sessão sem falta, menos a Maria, que ia numa missa de batizado ou algo assim. Em seguida, a pergunta da terapeuta foi: Qual das Marias?

E a resposta do Giba: A que escuta.

...

A-ha! Isso aqui não é pra principiantes! Sacou?
Se a vida te der limão, faça limonada.
E se só der pra fazer meio copo, diga que o copo está meio cheio.
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Um comentário:

Lavi disse...

só que meu blogue fica em outro lugar: htp://mlavi.blog.uol.com.br