Call me naive...

Hoje na Reuters: "Dois desertores das FARC encaram a imprensa colombiana ao lado dos reféns que ajudaram a libertar: um empresário e um garoto de 14 anos."

Lembram daquela história que eu comentei, que os desertores agora recebem uma grana do governo colombiano e asilo político na França? Pois é. Nada como dar a alguém a oportunidade de uma saída honrosa. Ok, ok. Um pouco mais que honrosa. Mesmo assim, essa chance de começar uma nova vida concedida aos ex-guerrilheiros foi uma das idéias mais brilhantes que eu vi nos últimos tempos. Diplomaticamente e humanamente falando.

Call me naive, call me stupid. Mas eu realmente acho que a chance de viver bem é tentadora (se não pra os fanáticos cegos de grupos extremistas, pelo menos pra qualquer um que tem um mínimo de liberdade de pensamento).

Olha só o que o carinha ex-guerrilheiro da FARC falou: "Estou feliz de estar livre. Sou contra sequestros, nunca gostei. Não sei como um grupo que luta pela revolução pode sequestrar crianças e mantê-las na selva". Não parece perfeitamente plausível e razoável alguém pensar assim honestamente?

Call me naive, call me Amelie Poulain. Mas será que isso não é verdade mesmo? Será que não tem um monte de gente nas FARC, nas jihad, no tráfico, que estaria bem disposta a deixar o mundo do mal se tivesse chance de uma saída honrosa?

Ai, ai, ai. Hoje eu tô acreditando que o mundo tem salvação. Tô acreditando na bondade que pode existir dentro do ser humano. Na justiça de um mundo onde é possível haver conciliação, sei lá. Tô achando a Legião Estrangeira um acampamento de férias, viu? Call me whatever you want...
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