segunda-feira, 16 de março de 2009

Milk, o filme

Ontem fui assistir Milk, o filme que deu o Oscar ao Sean Penn, contando a história do primeiro político abertamente gay dos Estados Unidos.

O filme não é uma obra prima, mas seu teor é bem legal: fala de luta contra o preconceito, o valor da igualdade e da tolerância com relação ao diferente. Um tudo-de-bom do politicamente correto. Realmente um exercício de aceitação.

Aceitemos, então, que o Sean Penn será o ícone gay que está envelhecendo mais dignamente, se comparado a Cher e Madonna. Aceitemos que a estética do filme é bacana e provavelmente trará de volta os bigodes ao universo das grandes cidades. Aceitemos que o filme tem personagens homossexuais de todos os estilos, mas o único que perde a linha e se descabela loucamente é a bichinha latina.

Aceitemos que mesmo em filme contra o preconceito fica difícil de não sacanear a patética América Católica.


...
18/03
UPDATE: depois de 3 dias eu ainda tô pensando em cenas do Milk. Acho que eu gostei mais do filme do que eu imaginava. Estou aqui lembrando da câmera do Gus Van Sant filmando as pessoas de pertinho pra não mostrar nada. E em como foi linda a cena que o James Franco se deixa fotografar em p&b com o baseado e o vira-latinha. E como ator e diretor fizeram o personagem Cleve (Emile Hirsch) crescer ao longo do filme: "I don't do loosing." Animal! Nem a bordo do Match 5 esse cara foi tão cool! (veja no 0:35 do trailer). Mas ó, ainda tô rindo dos chiliques do Diego Luna. E do cabelo dele... whathafuck, man?


.

4 comentários:

mélis disse...

HAHAHAHAHA!
Nosotros somos tirados porque NO hablamos la lengua...

giacca, synbad, tchuca... disse...

q pirueca... na verdade eu achei o filme bom, mas algo esteriotipado. acho q eles podiam ter aliviado um pouco na "frescura" de alguns personagens (q pareciam gays teóricos, meio atacados) e ajudar o filme a ter maior aceitaçao. conheço muitos q não suportariam o filme e sairiam falando mal. mas eu dormi numa parte, o q me tira um pouco do direito de criticar... mas de qq forma, Sean Pean mereceu o oscar e o filme é digno de ser visto e lembrado.

Lavi disse...

Eu achei quase um documentário. Depois de ver, pesquisei na interwebs e vi que o filme parece ter sido bem fiel à realidade. Achei bom, mas muito documental, lento até. Valeu por conhecer a história.

Thunderstorms, dreams and conversations disse...

Eu adorei o filme e o post, acho que naquela época os caras que eram assumidos, apesar da opressão, precisavam se mostrar mais. Mas andando pela gayhood sempre emcontramos caricaturas como as do filme.