a butterfly in your stomach is a feel good party that makes you sigh and daydream.
a bat in your stomach is just a blind, clueless creature that makes you nauseous.
i think charles dickens said that.
quarta-feira, 10 de julho de 2013
quarta-feira, 3 de julho de 2013
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Albergue
Se quiser faz reserva, sem compromisso.
Aqui não se cobra 'no show'.
Se resolver aparecer, só traz uma identificação e diz de onde vem.
Tem lugar, sim. Sempre tem.
Você fica um tempo, aproveita.
Aqui não se cobra 'no show'.
Se resolver aparecer, só traz uma identificação e diz de onde vem.
Tem lugar, sim. Sempre tem.
Dá pra achar quase tudo que você precisa.
Olha, usa à vontade. Do que tem, não falta.
Você fica um tempo, aproveita.
Depois pega suas coisas, deixa o que é daqui e vai
embora.
Não precisa dizer pra onde vai.
Se um dia estiver por perto, quem sabe dá uma passada.Não precisa dizer pra onde vai.
Basicamente é isso:
Chega quando quiser, fica o tempo que quiser, sai na hora que quiser.
Volta se quiser.
Assim fica bom pra todo mundo.
Só que não.
terça-feira, 23 de abril de 2013
sexta-feira, 29 de março de 2013
Amores, isqueiros e a vida. Parte 2

"Que não seja imortal, posto que é chama..."
De tudo que eu falo, tudo, um pouco é sempre sobre amor. Também pode ser sobre coisas que eu descobri da vida. Mas a maior parte é mesmo sobre amor.
Amores e a vida. O jeito melhor do mundo pra falar disso é em volta da mesa, com amigos dispostos a ouvir sobre novos e velhos amores.
Surpresas, encantos, encontros ardentes, corações partidos, eternos vai-e-vens.
Fui acender um cigarro e vi que meu isqueiro tinha acabado. Queimou tudo que tinha pra queimar. É raro acontecer isso, não? Parece que o normal é que isqueiro não acaba. Isqueiro é uma coisa que se perde. Ou alguém vem e rouba de você antes que ele acabe. Perdeu um rosa. Apareceu um branco. Sumiu o branco. Comprou um laranja. E assim vai.
É claro: isso me fez pensar de novo sobre amor e sobre a vida da gente. Sobre a implacável impermanência de tudo que aparece na vida da gente. Tem coisas que queimam até o final e acabam. Tem coisas que ainda podiam queimar mais um pouquinho, mas a gente acaba perdendo. Ou alguém põe no bolso e leva embora. Ou a gente descobre que é de outra pessoa e tem que devolver.
pra quem quiser ver, a parte 1 tá aqui
sexta-feira, 8 de março de 2013
MULHERZINHA
esse papo de dia internacional das minorias sempre me pareceu estranho. por causa daquele lado da hipocrisia, essas coisas q a gente aprende nas ciências humanas e nos meios pensantes.
eu achei um post velho, e vi que no dia da mulher, há 4 anos, eu me achava na responsa de publicar um texto meio indignado, jogando na cara de sabe deus quem a falta de igualdade, a injustiça histórica, aquela coisa toda. pra ver o tal texto clique aqui.
só que agora em 2013 eu tô uma pessoa mais leve, e também com menos tempo pra ser engajada e ter grandes opiniões sobre o que não é crucial, ou sobre o que sai do meu dia a dia.
isso é bom? ruim? sabe se lá.
o fato é que me sinto menos chata.
e também me sinto mais à vontade quando abrem a porta do carro pra mim.
e quando escolhem um restaurante bonito pra me levar.
quando me elogiam.
ou quando fazem essas coisas aviltantes de desigualdade.
hoje eu tô pouco ligando pra ''consciência social'' e tô conseguindo ser grata a quem me disse parabéns, a quem me deu flores ou chocolate.
e também percebo que, da mulher que eu era antes, eu só tenho saudade mesmo é do shape do meu bumbum.
eu achei um post velho, e vi que no dia da mulher, há 4 anos, eu me achava na responsa de publicar um texto meio indignado, jogando na cara de sabe deus quem a falta de igualdade, a injustiça histórica, aquela coisa toda. pra ver o tal texto clique aqui.
só que agora em 2013 eu tô uma pessoa mais leve, e também com menos tempo pra ser engajada e ter grandes opiniões sobre o que não é crucial, ou sobre o que sai do meu dia a dia.
isso é bom? ruim? sabe se lá.
o fato é que me sinto menos chata.
e também me sinto mais à vontade quando abrem a porta do carro pra mim.
e quando escolhem um restaurante bonito pra me levar.
quando me elogiam.
ou quando fazem essas coisas aviltantes de desigualdade.
hoje eu tô pouco ligando pra ''consciência social'' e tô conseguindo ser grata a quem me disse parabéns, a quem me deu flores ou chocolate.
e também percebo que, da mulher que eu era antes, eu só tenho saudade mesmo é do shape do meu bumbum.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
VERDE MAR DOS OLHOS DELE
As vezes ficava sozinho na areia e via os meninos maiores entrando pra surfar. Achava legal que eles punham a mão na água e
faziam o sinal da cruz.
Um dia arrumou
uma prancha azul, sabe-se lá onde. Era azul? Não importa. O que importa é que ele ficava
de pé, equilibrado nas pernas compridas, e aquilo era bom demais. Nem via o tempo
passar.
Pena que logo a prancha se espatifou na areia. Da prancha foi um pedaço azul pra cada lado.
Do menino dos olhos pequenos foi um caldo e um cotovelo ralado. Foi assustador pensar em perder as ondas.
Nem passou na cabeça pedir mais ajuda da vó e do vô.
E aí aprendeu uma
coisa pra vida toda: o que quisesse, teria que conseguir sozinho.
E assim foi.
E assim foi.
Juntou seus brinquedos
e rifou. Fez questão de levar os prêmios na casa da menina sorteada. Foi a
primeira vez que viu uma menina chorar de alegria. Não entendeu direito e
pensou que meninas eram estranhas, mas gostou muito que ela deu um beijo nele.
Não queria
nunca mais ter uma prancha partida pelas ondas. Comprou uma prancha difícil de quebrar, e nunca mais parou de surfar.
Coitada da
menina que ficou com o coração partido.
Ele nunca mais voltou pra buscar outro beijo dela.
Ele nunca mais voltou pra buscar outro beijo dela.
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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Quem eu queria ser
Teve um tempo eu queria ser a Renata irmã do Duda porque ela sabia assobiar bem alto com os indicadores na boca.
Depois eu queria ser o Raul porque a brincadeira dos meninos era mais legal e ele era o mais alto e mais forte.
Um tempo depois eu queria ser a Paulinha da 6a B porque todos os meninos gostavam dela.
Daí eu queria ser a Jullie porque ela não tinha horário pra voltar pra casa e a mãe dela deixava ela fumar.
E depois queria ser a Susan Sontag porque ela tinha idéias impensáveis e escrevia coisas pra fazer o mundo melhor.
Depois queria ser a Alanis porque ela cantava pra caraca, era bonita, inteligente e escrevia letras de mulher forte.
Daí queria ser a Paris Hilton porque ela era magra e rica e não levava nada muito à sério, o que resolveria praticamente todos os problemas que eu já contemplei.
Hoje eu queria ser qualquer menina de 16 anos e ainda ter muuuuito tempo pra fazer bobagens na vida.
Depois eu queria ser o Raul porque a brincadeira dos meninos era mais legal e ele era o mais alto e mais forte.
Um tempo depois eu queria ser a Paulinha da 6a B porque todos os meninos gostavam dela.
Daí eu queria ser a Jullie porque ela não tinha horário pra voltar pra casa e a mãe dela deixava ela fumar.
E depois queria ser a Susan Sontag porque ela tinha idéias impensáveis e escrevia coisas pra fazer o mundo melhor.
Depois queria ser a Alanis porque ela cantava pra caraca, era bonita, inteligente e escrevia letras de mulher forte.
Daí queria ser a Paris Hilton porque ela era magra e rica e não levava nada muito à sério, o que resolveria praticamente todos os problemas que eu já contemplei.
Hoje eu queria ser qualquer menina de 16 anos e ainda ter muuuuito tempo pra fazer bobagens na vida.
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