
por isso deve ter ficado na minha cabeça que o único jeito de dar certo na vida era conseguir reconstruir essa exeperiência. ter a minha própria família trapo pra amar. obrigar meus amigos a ver intermináveis videos caseiros, dirigir gritando com a molecada zoando no banco de trás, curtir a dois o silêncio das crianças na cama, fazer compras de mês, chorar com cartões feitos de pintura a dedo, me gabar com a lista do vestibular na mão.
ao invés disso eu costuro almofadas e faço planilhas. tenho três violetas e uma arvorezinha de manjericão gigante. eu jogo nos apps do celular e decido onde aplicar minhas economias. eu dou risada sozinha das histórias que eu escrevo e não ligo mais pra um monte de coisas que eu ligava antes. escolho se quero barulho ou silêncio. eu apago tudo antes de dormir.
acho que vai dar tudo certo.
5 comentários:
eu mato manjericões :(
( post lindo )
Lindo texto, meu amor, mas acho que seus olhos de outrora viam mais beleza do que havia de verdade, ou se recusavam a ver as mazelas de uma grande familia; todos tínhamos nossas esquisitices, nossas desavenças, fases de desamor.
Na verdade o mundo aceita as diferenças, basta querer ficar ali, todos juntos.
e' nada, mami. eu via - e vejo - tudo direitinho: a beleza e as mazelas. mas era bom mesmo assim.
eu to bem ligada que as propagandas de margarina so' mostram o café da manhã porque o resto do dia tem essas outras coisas todas...
Que saudades que eu estava de ler teu blog, voltei e já estou com os olhos cheios!
nossa família é linda assim mesmo, se tinha problemas, eu tambem não os enchergava...
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