Nesta semana rolou um festival de cinema francês aqui em São Paulo. Acho que era um pocket festival, na verdade: poucos filmes, uma sala só por dia. Dois ou três contemporâneos e mais uns clássicos, como o Jules et Jim, um dos meus favoritos de todos os tempos.
Menos por especial interesse e mais pela conveniência de horário*, acabei indo ver Felix et Lolla (você deve pronunciar Fêlííx e Lollá). Esse é um filme de 2001, dirigido por um cara chamado Patrice Leconte, de quem eu confesso só conhecia O Marido da Cabeleireira - daqueles filmes deliciosos sobre personagens mal resolvidos chafurdando em um relacionamento improvável (considerado fantástico por 10 entre 10 estudantes de psicologia).
Onze anos depois de discutir a relação entre a cabeleireira e o homem que teve a infância triste, Monsieur Leconte, resolve unir o dono de parque de diversões ugly-sexy Felix e a jovem triste-enigmática-eu-uso-muito-lápis-no-olho Lolla. Um filmezinho quase inócuo sobre uma relação meio sem tensão e sem cuidado, que engata mais pela falta de perspectiva na vida dos dois do que qualquer outro motivo.
Uma das poucas idéias boas do filme é assinalar uma certa queda que homens bacanas têm por mulheres distímicas e que atuam a carência fazendo criancices pra chamar a atenção. Saí pensando que qualquer 20 mg de Prozac talvez deixassem a Lolla menos atraente pra alguns, mas definitivamente bem menos chatinha.
*Foi mal Méliss! Eu confundi as datas. Sorry.
.
Um comentário:
se eu tivesse lido essa sinopse antes!!! hahaha
experiencias cinematograficas invertidas: a sinopse depois do filme, o bate papo com o diretor antes.
Tem sido um otimo inteligeitor! thank you thank you!
Agora, depois desse seu post-sinopse, fica a questã: cadê o cara bacana do meu lado distimico? hã? my own ugly-sexy..
Postar um comentário