terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Narciso, meu nêgo...
Gracas a Deus!!!!
Puta sol e céu azul em Sevilla...
Vale!
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Um Oscar a Wildehouse
Todos vimos as fotos da Amy Winehouse no Caribe esta semana, certo? Pois então. Não sei o que vocês acharam, mas eu fiquei espantada de ver que ela está incrivelmente bem. Claro que aos 25 anos é natural ter uma aparência boa, mas é que ela já se mostrou em estado deplorável há não muito tempo.
It was nooo good! No, no, no.
Eu não sou de acompanhar a vida das celebridades. Em geral eu gosto da persona do artista e bodeio da obviedade do ser humano real. Prefiro não saber sobre a vida dos caras. Mas hei de confessar que eu me interesso pela Amy. Eu tenho antipatia do jeito que ela se destrói. É um pensamento bem egoísta, mas dá medo que ela se mate antes do tempo e deixe de produzir essas coisas que eu adoro. O talento dessa garota me comove.
Além da voz espetacular e da interpretação maravilhosa, as letras que ela consegue fazer não são pra qualquer um. A garota consegue se jogar de cabeça no mundão das paixões e ainda transformar abandono e dor em arte.
(Amy! Esmaaaaaaaaaga meu coração!)
Tem que ter um talento incrível pra sofrer daquele tanto e chafurdar publicamente na sua própria vulnerabilidade sem ficar piegas. E a criatura ainda faz isso virar show business. A mulher não tá pra brincadeira, não.

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terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Só mais uma, prometo!
MIRACLE IN BRAZIL:
Madonna claims to have seen Jesus coming right before Christmas!
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Luz que me guia
- Pra onde vamos, (Ma) Dona?
- Jesus, please show us the way!
Desculpem pela piada pronta, mas não dá pra resistir.
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Bichinho
Alheio aos pares de olhos que o observavam, o bichinho, ainda em versão tatu, caminhava lentamente com suas inúmeras perninhas minúsculas escondidas debaixo da sua casquinha-saiote-de-boi-bumbá. Era proeza muito difícil, eu bem me lembro, mas se você conseguisse pegar um tatu-bola na mão sem assustá-lo, ele continuava tatu e caminhava na sua mão e fazia cosquinha com aquele tanto de pernas.
Eu fiz menção de tocá-lo, e meus amigos adultos não tardaram em reprimir meu gesto com gritos de desaprovação ou repulsa. Como assim, gentê! Como é possível ver um destes e não tocar? E aí eu tive a grande surpresa ao perceber que metade da minha platéia não conhecia aquele bicho e não fazia idéia do que ia acontecer na hora que eu encostasse nele. Há! Show time!
No ato de virar bolinha, nosso amigo arrancou gritinhos e risadas daquela platéia improvável. O tatu-bola ganhou novos fãs e eu ganhei meu dia. Que delícia é a cara de alguém vendo uma coisa legal pela primeira vez! A gente não devia nunca parar de ter surpresas boas nessa vida!
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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Mas e a Cabala?
"Oh! Jesus! Oh! Jesus!"
- Madonna, esta madrugada em SP, aparentemente comemorando a chegada de Jesus, ainda que uns dias antes do Natal...
Este post vem com agradecimento especial à Renatinha Sakai, amiga jornalista que passou a madrugada na cobertura desse incrível bafon...
domingo, 21 de dezembro de 2008
Morte suspeita
Não pude deixar de pensar que ela teve azar. Daí alguém pode argumentar, cínico: Ãn-hãn. Então tá: enche a cara e usa drogas e depois vem falar que morreu por azar? Pois é. Se foi isso, foi muito azar, sim. Parte meu coração, sabia? Aposto que dava pra contar nos dedos quantos passageiros do cruzeiro não estavam fazendo a mesma coisa que ela. Só sendo jovens e estúpidos. Na boa, quem nunca fez coisa bem mais estúpida e passou batido, sem maiores consequências?

Ai, ai, ai...
Tá difícil desapegar de 2008
Mas apesar de tudo isso está difícil deixar o ano ir embora. Eu já estou sentindo falta da rotina e das pessoas que compartilham o dia-a-dia comigo. Foram meus companheiros de reunião de gestão, coffee-hour, smoky-hour, happy-hour, wine-hour no apê, rillettes-quiche-acordeon.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Era uma vez...
"Era uma vez uma garota que sempre foi muito CDF e tinha uma profissão que às vezes deixava ela muito triste, de tanto ver sofrimento. O trabalho dela não tinha glamour nenhum, não ia fazer ela ficar rica e de vez em quando ficava muito, mas muito chato mesmo.
Ainda assim, ela continuava fazendo aquilo todos os dias, pois achava que era o que ela sabia fazer bem feito. E ela tinha dificuldade de fazer coisas que ela achava que não sabia fazer direito. E era bem medrosa. E também porque ela não tinha nenhuma idéia melhor.
Um belo dia, digo, uma bela noite - acho que era uma terça-feira ou um final de semana - aconteceu uma coisa extraordinária! Ela foi descoberta por um olheiro da Agência de Empregos Felizes. Esse agente foi capaz de enxergar o real talento daquela garota e sabia como fazer este dom virar uma coisa produtiva e rentável!
A partir de então, recebendo um salário de petrodólares da indústria da cultura e do entretenimento, ela passou a exercer a profissão de companhia-de-pessoas-legais em cafés, bares, cinemas, baladas de gente esquisita e viagens maravilhosas! Seu rendimento profissional era agora medido por seu envolvimento em conversas animadas, piadas sensacionais e discussões filosóficas sobre a vida. Ela estava sempre cercada de gente bacana e interessante, e não precisava conviver com nenhuma pessoa que fosse mala ou do mal.
E foram todos felizes para sempre!"
F I M
O Insuportável Peso do Ser
O fato é que 2008 trouxe consigo a pior crise de identidade que eu já vivi - ou já ouvi relatos. Não é depressão, não é insatisfação, não é piripaque, não é doença. É mesmo a boa e velha crise existencial. Linda. Poética. Sofrida. Desgraçada. Um mergulho de peito aberto do despenhadeiro para o poço fundo que os alemães chamam de Angst.
Kierkegaard, seu danadinho! Heidegger, seu fiadaputa! Agora eu entendi o que vocês estavam querendo dizer... Socorro! Se eu já era pensativa e intensa desde pequena, esse ano atingi o ápice da chatice e da necessidade de tagarelar sobre a vida. Foi difícil - até pra mim - me aturar esse ano. Queridos amigos, não pensem que vossos esforços passaram despercebidos. Valeu aí, galera.
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Se fosse, o que seria?
Esta noite sonhei que estava brincando de 'se fosse o que seria' com a Madonna e a Katy Perry. A Madonna disse que se a Katy fosse um objeto, ela seria um jornal de ontem. A Katy ficou chateada e falou que aquilo tinha sido grosseiro. Na minha vez, a Madonna disse que eu seria uma folha em branco, porque eu não era notícia nenhuma. Nessa hora as duas ficaram rindo um pouco malvadas, mas eu nem me importei. A Katy disse que a Madonna seria uma fatia de melancia se ela fosse uma sobremesa e a Madonna disse a mesma coisa da Katy, mas no sonho isso era um pouco mais interessante e deixou um clima de cumplicidade entre as duas. Quando eu tinha que ser a sobremesa elas disseram que eu seria mousse de chocolate e que era sorte minha.
Acordei pensando que o mundo é cruel com as mulheres. Um pouco mais sorte temos nós, reles mortais, mulheres anônimas, que de vez em quando tem o direito de se acabar numa incrível sobremesa-bomba e sem ter que ver seu deslize revelado em uma foto gorducha na primeira página do jornal.
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terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Pertences
Essa época era boa, mas também tinha muita incerteza. Eu não sabia se ia conseguir ser alguém importante pras outras pessoas, se ia conseguir fazer coisas relevantes da minha vida, se ia pertencer a algum lugar.
Tem um texto de alguém, não consigo lembrar quem, que diz que a quantidade de chaves que a gente carrega é proporcional ao tanto de responsabilidade que a gente tem. Pura verdade. Hoje eu cuido de portas, portões, cofres e cadeados. Tem sempre alguém querendo saber por onde eu ando. Eu estou sempre devendo alguma coisa pra alguém, assumindo muito mais compromissos do que eu posso cumprir. O dia-a-dia de várias pessoas depende das minhas ações e se ressente com a minha inércia. É raro eu poder exercer o direito de não dar satisfação, sumir ou sair sem as chaves.
Ontem eu fiz um mini-exercício de desprendimento. Saí de casa com a roupa do corpo, levando uma bolsinha a tiracolo com a chave da porta da frente, meu cigarrinho, celular, carteira de motorista, uma grana, um e-ticket impresso e um ingresso de estudante gambiarra pro show da Madonna. Não era tão pouca coisa assim, mas juro que foi muito difícil. O que era tão natural há alguns anos me deixou muito esquisita nos primeiros momentos. Com aquela sensação de estou esquecendo algo, estou sendo irresponsável, estou deixando passar alguma coisa.
Por sorte, em Congonhas eu encontrei aquela menina de sandalinha que eu era antigamente. Consegui desencanar. Fui pro Rio, encontrei meu brother, tomei um monte de cerveja no copo de isopor, tirei sarro e fiquei melhores amigos com a galera na pista do Maracanã, vi o show, cantei, dançei até a última ponta. Não precisei de nada que não tivesse levado. Saí de lá feliiiiiz da vida, levando só eu e meu irmão. Tudo que era importante.
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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
É pra quem pode
Das duas uma: ou a área VIP é maior que a área do povão ou eu sou a única looser do meu círculo social...
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domingo, 14 de dezembro de 2008
Só se fala em outra coisa!
Ó, só pra registrar que eu não vou comentar sobre aquele cara que traiu aquela atriz e morreu de overdose daquela droga.
Ok, ok, só uma coisinha: overdose de pó é tão anos 80, né não?
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sábado, 13 de dezembro de 2008
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Eu pago um pau pra você!
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Quem eu queria ser
Teve um tempo eu queria ser a Renata irmã do Duda porque ela sabia assobiar bem alto com os indicadores na boca.
Depois eu queria ser o Raul porque a brincadeira dos meninos era mais legal e ele era o mais alto e mais forte.
Um tempo depois eu queria ser a Paulinha da 6a B porque todos os meninos gostavam dela.
Daí eu queria ser a Jullie porque ela não tinha horário pra voltar pra casa e a mãe dela deixava ela fumar.
E depois queria ser a Susan Sontag porque ela tinha idéias impensáveis e escrevia coisas pra fazer o mundo melhor.
Depois queria ser a Alanis porque ela cantava pra caraca, era bonita, inteligente e escrevia letras de mulher forte.
Daí queria ser a Paris Hilton porque ela era magra e rica e não levava nada muito a sério, o que resolveria todos os perrengues possíveis.
Hoje eu queria ser a Mallu Magalhães porque ela tem 16 anos e ainda tem muuuuito tempo pra fazer bobagens na vida.
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Lukewarm
(em português seria algo do tipo morninho ou em banho-maria)
Hoje está nem frio nem quente. A iluminação lá fora meio escura, lusco-fusco que te deixa com sono o dia todo.
Quero sair, mas lá em baixo está todo mundo de guarda-chuva. Nem saio, nem faço o que tenho que fazer aqui dentro, esperando a garoinha chata passar.
Quantas vezes eu tenho que falar que o que eu gosto é de trovoada e chuva de pedra? Esse chove-não-molha me irrita!
Ô atraso de vida!
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Tive sonho mau
Que antipatia! Como é que deve chamar isso aí? Um lightmare?
ps: esse é quase mais um post da série "Só Funciona em Inglês"
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
It's up to you, dude!
Pois é. Hoje vi a reportagem do camarada Isaza, que desertou das FARC e promoveu a fuga de um refém valioso que estava sequestrado havia 8 anos. Desde lançada a polêmica proposta do governo colombiano, quem abandonar a guerrilha e colaborar com o outro lado tem direito a prêmio em dinheiro e, graças ao apoio de Nic Sarkozy, asilo garantido na França.
Olha só, não me levem a mal! Eu sei que existem pessoas engajadas em suas lutas e que acreditam em um ideal, por mais estranho que ele possa parecer pra quem está de fora. Eu até acho isso bonito de um certo jeito, sei lá, romântico, cheio de significado pra vida, plenitude da existência. Puxa vida! As maiores e mais importantes mudanças do mundo, afinal, começaram por causa de um homem com um sonho, disposto a lutar por uma causa, etc e tal. Ok, ok. Agora corte para a seguinte cena:
Calor da porra no meio da floresta. Provisões escassas, gente feia e suja, armas, correntes, degradação humana, medo, clima tenso. E o calor dos infernos. Pense no rapaz Isaza, que não passa o Natal com a família há anos (pô, só porque sou guerrilheiro não posso ser cristão?) e que vê o aceno da possibilidade de uma saída estratégica pela direita (hã? hã? L7L7L7). Coloqueo-o na cabininha do Domingo no Parque, ao som da voz do homem-sorriso:
"A-aee! Você troca sua vida miserável na floresta úmida e quente por um prêmio de US$ 434 mil e um visto especial para residir e trabalhar na França???"
A vida é feita de escolhas, meu amigo. A decisão é sua.
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terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Espelho, espelho meu!
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Geração Coca Cola (Zero)
Entre tantas outras diferenças, a que mais me intriga desde sempre é o jeito que eles fazem contas. Pelo que posso entender, eles não separam unidades e dezenas na subtração, não "emprestam um" do numero à esquerda e, para conferir o resultado, usam a sensacional expressão "noves fora". Dezessete menos oito, nove, noves fora, nada. Adoooro! Vários adultos já tentaram me explicar, mas eu jamais entendi como funciona ou pra que serve.
Mas aqui isso não vem ao caso. O que eu queria mesmo dizer é que há coisas inexplicáveis de uma geração para outra. Quem não vive no movimento de uma época não vai entender e pronto! Nem tente. Os tempos mudam. As pessoas não acompanham. E assim, "noves fora" torna-se um ícone do gap entre as nossas gerações.
Ultimamente tenho convivido com gente mais nova que eu. Eu bem que queria pensar que os anos que nos separam não chegam a configurar um gap, mas temo não ser esta a verdade. Outro dia, no bar, um casal de amigos jovens contou que, após uma festinha a dois que fizeram no apartamento, eles receberam uma multa do condomínio, acompanhada por nove páginas de reclamações. (whatdahell!?) Pois é. Um casal, uma festinha, nove páginas. Valha-me Deus!
Na minha fantasia essas nove páginas estão repletas de truques mirabolantes e práticas de perturbação da ordem (e do sossego dos vizinhos). E por mais que eu provoque a minha criatividade eu não consigo nem imaginar que diabos pode estar escrito lá.
Estou convencida de que o conteúdo dessas nove páginas define mais um gap de gerações. É o novo "noves fora".
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Aventura Amazônica II
Também está comprovado que a hidratação com queratina é sensacional, mantendo a aparência decente e a maciez dos cabelos mesmo quando a umidade do ar é superior a 270%.
Outra constatação: milionários são de fato altos, mesmo em condições adversas de temperatura e umidade.
E a última: não há limites para o sucesso se você estiver usando um vermelho-Valentino-básico-com-informação-de-moda. Só precisa de salto e rímel. Mais nada.
(Thanks Méliss for helping me glow!)
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Aventura Amazônica I
Você não imagina o que foi o aeroporto...
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Nada como um dia após o outro

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Pó deixar comigo!
- Tô tranqs!
- Mesmo? Puxa! Que bom, hein?
- Claro! Uma mulher moderna sempre tem umas cartas. Tá pensando o quê?
- Cartas?
- É. Umas cartas na manga do colete! Tudo sob controle!
- Colete não tem mangas.
...
- Putz...
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
O esquema
Manda bem? Manda. Mas é simplesinho. Não vai começar com papo inteligente, hein? Nem falar daquela história do chapéu. Ele vai pegar mal. Aff... mais alguma coisa que eu preciso saber? Não. Só não tocar naquele papo do chapéu, mesmo. De resto tudo tranquilo.
Estranho esse negócio de escontro (quase) às escuras. A gente já se falou pelo MSN umas vezes. E ontem a primeira vez pelo telefone. Ele pronuncia meu nome errado. Fiquei sem graça de corrigir. Tem uma voz legal, mas algo me diz que é um pouco mala. Meio aceleradinho. Bom, qualquer coisa eu chamo um taxi e sumo. Mando um beijomeliga, só que é interurbano.
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Memórias do Século Passado IV
O que complicava eram as ciências humanas. Na prova, as perguntas começavam com "Dê sua opinião", "Analise os prós e os contras". Fala sério! Socorro! Pacto de Varsóvia, OTAN, Veias Abertas da América Latina, OPEP, Estado de Israel. Não tinha como dizer quem era do bem, quem era do mal. Tantos fatores em jogo, tanta ideologia disfarçada, os interesses mudavam por causa de uma pequena alteração no cenário. Eu tinha a constante sensação de que jamais ia conseguir entender aquilo tudo direito.
Minha professora chamava Luzenilde e parecia ter especial prazer em me ver confusa, questionando tudo, aprendendo na incerteza. Não tem certo ou errado, ela dizia, não contendo um risinho sádico. Eu quero saber o que VOCÊ acha!
Eu sempre saía chorando das provas de geo-política.
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Por uma vida menos ordinária
Os segredos convém manter sempre trancados. A cabeça sempre solta. O coração escancarado. Senão nem vale a pena o resto.
domingo, 30 de novembro de 2008
Como fala essa menina!
Deve ser o Corn Flakes toda manhã
Festas sensacionais, lugares incríveis, presentinhos, mimos. Comidinhas, bebidinhas, cristais, prataria, música. Muita risada, vida boa, tudo fácil. E já reparou como eles são bonitos? E têm bom gosto? E são educados e gentis? E o tanto que eles são altos?
Mas o importante é ter saúde, né gentê?
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sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Só mais essa vez...
Daí ele me deu uma chave de perna e me agarrou pelos cabelos e me olhou com uma carinha e falou:
- Ah, vai... fica aí mais nove minutos...
Quando eu vi... já era!
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Les Femmes du Cinema
Menos por especial interesse e mais pela conveniência de horário*, acabei indo ver Felix et Lolla (você deve pronunciar Fêlííx e Lollá). Esse é um filme de 2001, dirigido por um cara chamado Patrice Leconte, de quem eu confesso só conhecia O Marido da Cabeleireira - daqueles filmes deliciosos sobre personagens mal resolvidos chafurdando em um relacionamento improvável (considerado fantástico por 10 entre 10 estudantes de psicologia).
Onze anos depois de discutir a relação entre a cabeleireira e o homem que teve a infância triste, Monsieur Leconte, resolve unir o dono de parque de diversões ugly-sexy Felix e a jovem triste-enigmática-eu-uso-muito-lápis-no-olho Lolla. Um filmezinho quase inócuo sobre uma relação meio sem tensão e sem cuidado, que engata mais pela falta de perspectiva na vida dos dois do que qualquer outro motivo.
Uma das poucas idéias boas do filme é assinalar uma certa queda que homens bacanas têm por mulheres distímicas e que atuam a carência fazendo criancices pra chamar a atenção. Saí pensando que qualquer 20 mg de Prozac talvez deixassem a Lolla menos atraente pra alguns, mas definitivamente bem menos chatinha.
*Foi mal Méliss! Eu confundi as datas. Sorry.
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A calada da noite
- É sua primeira vez?
- É... não... mas...
- Hehe. Então você vai me dar trabalho, né?
- Heh...
- Quantas vezes por semana você tá pensando?
- Hmm...
- Quais são seus objetivos aqui?
- Eu...
- Prefere musculação ou aeróbicos?
- ...
Ele falou, falou, falou, mediu, pesou, cronometrou. Vamos começar com tudo, então? U-hu! Beijo! Até amanhã!
Eu entrei muda e saí calada.
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quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Intempéries
Em tarde abafada de deserto mexicano não dá vontade de se mexer pra não piorar o calor. Mas eu tive que sair correndo por causa do aperto enorme na garganta na hora que eu vi que estava tudo molhado, porque chovia lá dentro. Meu amigo falou que no deserto do Chile as casas não tem teto. Na certeza da estiagem, a proteção que o teto poderia oferecer perderia o sentido e seria só prisão. Mas pobrezito de quem tem tanta certeza de alguma coisa. Essa casinha que a gente constrói em dois tem que cobrir sim, e cuidar todo dia. Esses cantinhos da nossa vida cheio das nossas coisas são sagrados. A gente não pode deixar nada estragar.
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terça-feira, 25 de novembro de 2008
Pra falar de muros, coração e chuva
Uma vez eles estavam em cima do muro e começou a chover. Quando ele estava ajudando ela, por causa da chuva, ela acabou caindo e quebrou o braço. Ele teve muito remorso, porque achava que era culpa dele que não tinha cuidado direito dela. Mas ela falou que aquilo era bobagem dele. Não era culpa de ninguém. A chuva que veio de repente. Ele assinou no gesso dela e fez um coração.
Depois que o braço dela sarou, eles voltaram a brincar nos muros todo dia. Agora a chuva não pegava mais eles desprevenidos, porque a cicatriz dela começava a doer quando o tempo ia mudar.
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segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Memórias do Século Passado III
A pobre da minha mãe passava os dias cuidando da casa e de duas crianças pequenas. Vez ou outra, acabava desabafando: "Um dia desses eu sumo. Vou me embora pra Manaus!" - era sempre Manaus.
Cara, era foda! Até hoje eu não sei porque ela escolheu Manaus como rota de fuga. Pra mim, pequena, mesmo sem conhecer ou ter qualquer referência a respeito, tal cidade nunca inspirou muita simpatia. Eu achava que Manaus era uma grande Zona Franca - que eu também não sabia o que era - onde as mães se refugiavam de seus filhos desagradáveis.
Passado o tempo do medo real do abandono, a minha antipatia pela cidade ficou meio que esquecida por anos. Até que recebi o convite para o casamento de um amigo querido, que vai ser no mês que vem, em Manaus. Essas lembranças vieram à tona, claro, como uma piada de mau gosto da minha mãe que nós, filhos, nunca soubemos apreciar.
Agora estou com a passagem comprada, vou pra lá sem medo e acho que vou adorar a cidade. Mas confesso que lá no fundo eu estou aliviada de não ser mãe. Se eu tivesse filhos, sem dúvida a ameaça de sumiço já teria rolado muitas vezes. E, na boa, nenhum de nós ia ter muita certeza sobre o meu retorno.
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Desabafo!
Essa capachocracia* que rola hoje por aí não ia ter vez. O cara bom teria o que lhe fosse de direito. O cara ruim ia pastar. Não ia adiantar puxar saco. Paciência. So sorry. Lamento.
Vamos ver se deu pra entender: o cara incompetente e bonzinho CONTINUA incompetente. A gente até gosta mais dele do que do incompetente e mau-caráter, mas AMBOS são igualmente incompetentes. Sacou?
*o nome originalmente inventado pela Pri e eu era limpabundocracia, mas achei meio pesado.
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domingo, 23 de novembro de 2008
Burn (This Cliche) After Reading
"De punk do ABC a badalado cheff nos jardins, o camaleão Alex Atala mais uma vez se reinventa e ataca de galã no novo trabalho dos irmãos Cohen!"

sábado, 22 de novembro de 2008
La Notte Chiara
Um dia eu cheguei e ela estava triste, brava, inconformada. Ele não tinha ligado. E também nem apareceu. Ele só ligava quando combinava. Era uma vez de cada. E sempre naquela hora, mas ela achou que talvez ele pudesse uma vez ligar sem combinar. Porque ela tinha saudades e tinha falado pra ele. No começo ela achou que dobrava ele. Que ele ia acabar se empolgando e ligando fora de hora. Talvez até aparecesse, assim, sem mais essa nem aquela. Mas isso aí não ia acontecer, não. Ele até que cumpria o que prometia, mas nem prometia muito pra não deixar ela esperando. Ou sei lá se era exatamente pra ela ficar esperando, mas aquilo fazia ela sofrer demais.
"Eu quero uma surpresa! Sabe? Apareci, liguei, enlouqueci! Eu quero assim... um de repente! Eu não quero um funcionário público do amor!"
Ela era tão menina e achava que já sabia o que queria.
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sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Espelho, espelho meu!
- ai, que amor! um bichinho raro e fofo?
- não. lenta e com olheiras.
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Ah! Quem quiser conhecer a descrição mais bacana de preguiça, vai lá ver o que o amigo Gustavo escreveu.
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quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Tá bom assim?
Parece você tentando arrumar esse cabelo de manhã.
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008
My twin
Eu quero. Eu pego.
No fundo, a gente até poderia dizer que o Go-Getter é uma versão politicamente correta, socialmente adaptada e psicologicamente saudável do Plunder*... mas essa é outra história.
Enfim, quando vi esta criaturinha do video achei uma gracinha de go-getter girl. Apesar de ter que admitir que houve uma certa estupidez da parte dela! Não foi atitude de uma mulher madura, convenhamos...
Sei lá, meninas! A gente tem que ir atrás do que quer nessa vida, mas tem que saber onde está se enfiando, não é mesmo?
* Plunder é aquele que faz pilhagem, saqueia. Pega o que é dos outros pela força. É o pirata tosco, de faca entre os dentes. O plunder sai pegando geral porque é a única coisa que ele sabe fazer. Pega até o que não quer. Só pela pilha da pilhagem...
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Sou viciada mas tô na moda!
Daí eu passei na frente da banca de jornais e vi a capa da última revista Época. Se a febre está até em capa de revista não é crime.
É tendência!
Not my fault. Eu sou apenas mais uma vítima dos tempos.
Memórias do Século Passado II
Imagine o seguinte cenário: um rapaz de 20 anos se casa com uma viúva bonitona. O pai do rapaz se casa com a filha ruiva da viúva. O rapaz e a viúva têm um filho lindo. A partir daí o rapaz faz uma canção sobre as relações familiares e, num insight revelador, acaba descobrindo muito sobre si mesmo!
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Don't need to catch my breath

It ain't over till it's over, babe!
domingo, 16 de novembro de 2008
Cadê o Rudolph?
sábado, 15 de novembro de 2008
I'm a weirdo
Tenho antipatia de escrever com lápis HB.
Sei o cheiro das pessoas.
Ponho água fria no café.
Não gosto de filmes de neve.
Falo um monte de coisas em inglês no meio das frases.
Uso muito mais adoçante do que parece razoável.
Tenho as mãos sempre frias e detesto se elas ficam quentes.
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Daqui a pouco eu faço!
Não estou nem falando do truque de fingir que não tenho nada pra fazer. Falo dos artifícios usados para, deliberadamente, não fazer o que deve ser feito, mesmo quando:
1) já me dispus a fazer e
2) já me posicionei para a ação.
Na época da escola, começava a estudar sentada de frente para os livros (vejam bem: estava disposta e posicionada), mas logo iniciava o ritual de procrastinação. Nessa época minhas ferramentas eram o abrir-contemplar-fechar de geladeira, o início da MTV Brasil e os incontroláveis cochilos em cima do material.
Durante a faculdade incrementei meu repertório com os textos-viagens-filosóficas e cigarro. Este último particularmente eficiente.
Mais tarde somaram-se os joguinhos de computador, a internet discada, o ICQ, a banda larga. Aí
Passei pelos sites de bandas, artistas, universidades, autores, fashionistas, doenças, bobagens, notícias, mundo cão, download de músicas, e tudo mais. Foram anos e anos adiando tarefas.
Até que tudo deu uma equilibrada há um tempinho. Não que eu tenha chegado no fim da internet (juro que meu irmão chegou!). Mas já conseguia restringir meus interesses. E voltei a ser uma pessoa produtiva: fiz relatórios, artigos, capítulos de livro, aulas! Infelizmente isso já é passado, agora.
Comecei a seguir blogs há uns meses. Todos os dias, antes de começar a trabalhar, sou compelida a checar mais de uma dúzia de endereços de pessoas que escrevem coisas que eu gosto de ler. Famosos, amigos ou desconhecidos. Estou fanática. Chego ao cúmulo de escrever para alguns desses blogueiros reclamando de baixa produtividade ou outra bobagem. Virei 'mala'. É o fim!
Sou uma seguidora compulsiva de idéias alheias. Quero saber o que se passa na cabeça das pessoas. Quero acompanhar a vida dos outros, pra poder procrastinar o ato de cuidar da minha própria. Quero me ocupar dos outros. Assim dou um jeito de disfarçar e ignorar a areia que escorre desvairadamente nessa ampulheta que me acompanha.
Quero fazer tanta coisa nessa vida que não consigo sair do lugar. I'm fucking stuck.
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sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Experts
Em contrapartida, tenho antipatia de gente que se mete a entendido. Sabe de tudo um pouco e quase tudo mal. Extrapola informações, quer parecer mais do que é. Pior ainda quando mistura informações exotéricas pra demonstrar intimidade com o tema.
- Sabia que está comprovado cientificamente que fazer palavras cruzadas e ouvir Mozart evita que você tenha Mal de Alzheimer? Após anos e anos estudando neurociências e não tendo qualquer certeza sobre o assunto, sou obrigada a ouvir isso com frequência. Affff! Que cansativo... Não sei nem por onde começar a explicar o absurdo dessa afirmação.
Mas outro dia ouvi uma história ótima. Redenção total! Uma criatura entrevistando o Burle Marx, ao invés de aproveitar o brilhantismo do artista, resolve parecer inteligente:
- Mas então, todos sabemos que para ter plantas bonitas nós devemos cuidar delas com amor. Você sabia que as plantas gostam que a gente converse com elas e coloque música clássica no ambiente?
- Olha, isso eu não sei. O que sei é que planta gosta mesmo é de água e de cocô.
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Há! Sensacional!
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quinta-feira, 13 de novembro de 2008
One down. 1600 to go.
Achei uma auto-escola na Barra Funda que é a Disneylandia da CNH. Tem tudo que você precisa: foto, exame médico, provinha, ficha, assinatura, carimbo, protocolo. Você resolve tudo em 2 horas e pega o documento em 3 dias úteis. Se preferir o motoboy entrega. Fácil assim.
Pois é. Tive que usar meu horário livre, mas pelo menos me livrei dessa. Agora só falta depositar aqueles cheques, fazer dois relatórios, comprar o sabão em pó que a Bel pediu, fechar o projeto do doutorado e enviar pro comitê de ética, ir ao dentista, fazer os óculos pra longe, reservar as passagens, buscar o vestido vermelho, marcar a dermatologista, levar o carro pra revisão, cuidar das orquídeas, responder o email da Ju, resgatar meus pontos e trocar meu celular. Ah! E justificar meu não-voto e tomar a vacina de rubéola. Como amanhã já é sexta, acho que vou deixar pra começar a academia na semana que vem.
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Vibe da 4a invade a 5a
Hoje o dia promete.
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Genial parte IX
Numa versão alternativa à sabedoria popular:
"Quem não aprende por amor, aprende pela dor."
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Eu acredito em Lei Seca
Depois da onda de prender bêbados que houve há alguns meses, não tenho mais ouvido falar muito de policiais fazendo blitz na noite de São Paulo.
Mas eu acredito! Acredito e obedeço.
Não exatamente como a Velhinha de Taubaté, que realmente conseguia crer que tudo estava certo. Eu mais obedeço pelo medo de ser punida, mesmo. Confesso. 'Obedecemos aquilo que tememos', dizia alguém ontem no bar, citando Maquiavel.
Meu medo de ser pega numa blitz é ainda agravado pelo fato de que minha carteira de habilitação está vencida há mais de um ano. Shame on me! Não tem desculpa, eu sei. Mas tenho trabalhado muito e, juro, no meu tempo livre eu só quero fazer o mínimo possível. Estou me permitindo essa transgressão. Sou péssima! I know.
Com isso tudo, acho que eu tento ser menos culpada cumprindo a lei seca à risca. Minha idéia tosca é que se eu 'andar na linha' posso ser um pouco subversiva de vez em quando. Sei lá, se o Al Capone tivesse mantido a linha e pago uns reles impostos...
Enfim, o fato é que passei a noite tomando coca zero. Os amigos curtiram suas cervejinhas e 'mauses', e eu sóbria como um terno de tweed. Voltei pra casa com a mente clara e sem ressaca. Ao atravessar a Paulista, tive só um pouquinho daquele frio na barriga de quem sabe que está fazendo coisa errada. Eba! (Pensei.)
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Depois me pergunto se não seria mais inteligente pular de paraquedas ou brincar
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segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Memórias do Século Passado I
Eu estava folheando um gibi chamado Lulu e Bolinha. A turma dos meninos tinha um clubinho e colou uma placa na porta. A primeira coisa que eu li na vida foi essa tal placa:
MENINA NÃO ENTRA!
E eu ainda fico triste quando me sinto maltratada pelos meninos.
domingo, 9 de novembro de 2008
sábado, 8 de novembro de 2008
Zeca
E se?
Não estou falando de mudanças.
Estou falando daqueles lados todos que já existem em mim.
Eu escolhi ser alguns. E não outros.
Isso não quer dizer que eu não POSSO ser outras tantas coisas.
É só que ATÉ AGORA eu escolhi ser assim.
Eu me envolvi profundamente com pessoas e coisas que combinam comigo. (Ou pelo menos com essa pessoa que eu escolhi ser). O que será que acontece com esse meu "entorno" se eu resolver ser diferente? Ainda eu mesma, mas diferente? Será que tudo desaba? Será que ainda vai haver lugar pra mim?
O Veríssimo (Luis Fernando) tem uma crônica fantástica sobre algo parecido com isso. Ele conta a história de um homem, pai de família, cidadão respeitado, dentista. Viveu quarenta e tantos anos tranquilo, reservado, discreto. Boa gente, sempre, mas na dele. Um dia apareceu para o café da manhã com um daqueles óculos de plástico que vem grudados num narigão e um bigode de Grouxo Marx.
A família, espantada a princípio, morreu de rir daquela atitude! Mas essa agora! Acharam engraçadinho, meio bobo, mas divertido. Passado um tempo, como o homem não tirava o nariz, o clima foi ficando meio esquisito, e a família deliberadamente pediu para que ele parasse logo com aquilo. Brincadeira tem limite!
Mas não era brincadeira. O homem tinha decidido que dali em diante usaria o nariz. Seria a mesma pessoa, mas com aquele nariz. Pois é. No final das contas o Veríssimo é bem cruel com o pobre homem. Ele acaba abandonado pela família, desacreditado pelos pacientes. Até o cachorro passou a hostilizá-lo. Foi o fim.
Mas gente! É só um nariz do Grouxo Marx! Eu ainda estou aqui! Sou a mesma pessoa!
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E se, em algum momento, eu resolver ser uma coisa diferente?Será que é justo julgar uma vida inteira por um nariz? (por mais bizarro que ele seja?)
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Sabe da última?
Haven't you heard, darling?
Blog is the new "divã"!
Méliss e eu juntando terapia, internet, tendências e interior design!
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Profissão: perigo! Not so funny.
Nada digno de nota. Pura experimentação e amadorismo.
Mal sabia eu que hoje cedo seria surpreendida por uma notícia estilo Cidade-Alerta, relatando que uma psicóloga foi assassinada na Vila Madalena. Ela ia buscar os filhos na escola, foi abordada por dois homens e levou 3 tiros na cabeça. Não se sabe muito sobre o caso, mas o delegado declarou que o crime teve características de execução (!) e que não se descarta a hipótese de que sua morte pode estar relacionada ao seu trabalho como psicóloga (!!!).
Triste. Bizarro. Muito bizarro.
Nem sei direito o que dizer...
Sei lá... Valha-me Deus! Onde esse mundo vai parar?
Algo assim.
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quinta-feira, 6 de novembro de 2008
O garoto-problema
- Aquele italianinho? Então, eu não vejo mais.
- Ué. Mas a terapia não estava indo super bem?
- Estava tudo ótimo. Mas a mãe resolveu que ele não vinha mais.
- Estranho...
- Pois é. Eu tinha até chamado os pais, pra dar um feedback pra eles. Falei que o garoto finalmente estava conseguindo se abrir mais, falar mais da vidinha dele, das coisas da família. Eu achei que eles iam ficar satisfeitos, mas logo depois disso sumiram com o menino.
- Puxa... Meu Deus! Que absurdo!
- Não é absurdo, não, sabe? Até que é comum isso. A criança começa a se abrir mais, os pais ficam com receio de serem julgados, de que a família fique muito exposta...
- Mesmo assim! Você não tem medo?
- Como assim medo?
- Rapaz! Se os caras deram um sumiço no próprio filho porque ele falou demais, imagina o que não vão fazer com você na próxima queima de arquivo!!!!
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A pedidos: As Ovelhinhas
Então, a pedidos, apresento uma das melhores invenções dos americanos: the Serta Sheeps!
Quem quiser mais, procure 'serta sheeps' no youtube e veja os adds originais.
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quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Bitter Sweet
"Como no doce,
o amor acabou num pio triste de pardal.
Guardei o carinho restante
num vidro de perfume - que você quebrou.
No amor não se raspa,
nem se lava a tigela.
Deixa-se uma réstia de saudade;
um sonho bonito para quando estiver só.
O doce acabou e não se deu por conta,
na gula febril de mais um bocado - deixou nada.
E assim me sinto.
Sem doce, sem amor, sem carinho,
sem um pio triste de pardal
para me consolar.
Tinha uma foto sua e não tenho mais.
Sem nada."Trecho da peça Feminina Lunar, do querido amigo Marcus Vinicius.
Pra inspirar as amigas nas fases de lua cheia.
E nas de vazio.
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322: pula, 323: pula, 324: pula...

Qual não foi minha surpresa ao abrir meu email hoje e encontrar 3 mensagens de amigos, de turmas diferentes, dizendo que tiveram uma longa noite de insônia. Conhecendo um pouco de cada um, imagino que os motivos da 'noite em claro' têm em comum o estômago: excesso de álcool, de borboletas, de gremlins.
E eu, no caso, não sei se tenho estômago pra algumas coisas que rolam nessa vida.
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Genial parte VII
"A vida não é pra principiantes."
Esse é o amigo Giachetta desafiando o limite entre a piada e a filosofia.
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terça-feira, 4 de novembro de 2008
Declaração Universal dos Direitos
Liberdade, Igualdade e Fraternidade
das Mulheres
isso aí de cima e mais: Pegada, Chocolate e função Soneca no despertador!
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Em comemoração aos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, ONU, 1948.
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Pausa pra um suspiro
namorar na grama, pôr do sol no alto do morro das pedras, caminhada interminável até a cachoeira, fogueira com cheiro de eucalipto, mancha de terra na barra do jeans (não sai nunca mais), andar descalça no chão de brita, pisando devagarinho pra não doer muito, folhinhas no cabelo dando bandeira da molecagem, carrapichos grudados no tênis... ooooo vida boa...
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segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Juntando os trapinhos
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Em um dado momento da história a Igreja determinou o celibato ao seus sacerdotes para que seus bens permanecessem acumulados.

domingo, 2 de novembro de 2008
Só funciona em inglês I
Will Ferrell tem intenções românticas com a dona da bakery.
Chega carregando uma caixa cheia de pequenos pacotes, cada um com um tipo de farinha.
- "I brought you flours!"
Genial.
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Três Palmas. Nenhum Urso.
- Tá passando aquele filme que eu te falei.
- Hm?
- Aquele que lançaram esse ano em Berlim.
- De quem era mesmo?
- Daquela belga, meio deprimidinha, que eu sempre choro. Vamo?
- Será?
- Olha, parece que tomou um pau no primeiro festival, mas teve uns reviews ótimos em Cannes.
- Tá...
- Ebaaa! Vou ligar pras meninas irem com a gente!
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- Elas toparam! Vambora?
- Peraí...
- Eeei! Onde você vai de i-pod e game boy???
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sábado, 1 de novembro de 2008
Onde foram parar meus patins?
A gente tem que aprender até a se divertir, veja só.
Houve um tempo em que a festa que eu não ia era sempre mais legal. Na minha cabeça, claro. Se ficava em casa, achava que estava perdendo a festa. Se ia pra festa, achava que não estava tão boa assim... queria estar sossegada em casa. Era um porre ser tão inquieta.
Anos corridos de vida (e terapia) e hoje sou mais tranquila e me divirto mais. Aprendi a curtir o momento e o meu entorno. Curto as pessoas que estiverem disponíveis alí. Consigo transitar sem problemas se tiver que ser de salto alto e chapinha no meio dos jet setters, de óculos no simpósio cabeça, de cara lavada na mesa do boteco ou de meias vendo tv. Na boa.
Agora, se quer me ver feliz mesmo, me deixa solta pra dançar no meio de gente esquisita. Aí sim! Nunca vai existir outro lugar melhor no mundo, cara!
Só fico pensando que eu tinha que parar de exagerar como quem tem 20 e poucos, pra ver se consigo esticar os 30 e poucos por mais um bom tempo.
PS: Um outro título pra esse post poderia ser:
QUEIMANDO TUDO ATÉ A ÚLTIMA PONTA
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Sabadão... isso é que é vida!
E a sexta feira se encomprida...
Então hoje eu acordei as 9h.
E às 11:30. Depois às 2 e pouco.
E finalmente às quatro da tarde.
O que dizer? Tem gente que é profissional no assunto.
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sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Genial parte VI
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Confira:
http://1dos2caras.blogspot.com/2008/11/giachettada-em-busca-da-pegada-ideal.html
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É ilegal, imoral ou engorda
E mudou minha vida. Pra melhor.
Muito melhor!
Uma revolução instantânea.
Obsessão arrebatadora!
Passei dias sem pensar em mais nada.
Diziam que a qualidade não era excepcional, mas... who cares?
Era super acessível, fácil e rapidinho.
Foi tão boa essa paixão!
Mas do jeito que veio, foi.
Acho que porque ficou muito escancarado!
Evidente que aquilo não era legal...
E cá estamos todos novamente dependentes do peer sharing.
youtubetracks... I am gonna miss you forever...
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quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Desce daí!
- Tem um senhor lá em baixo que quer falar com você.
- Hmmf... resolve isso pra mim? Dá pra parar aqui, não...
- Já tentei. Tem que ser você.
Vou descendo cheia de razão: Saco! Aparece sem marcar. Tem que ser eu! Que antipatia, cara! Tanta coisa importante pra fazer...
Ele me esperava de pé. Sozinho. Eu lembrei na hora. Esteve aqui há um tempo, com a esposa que se recuperava de uma neurocirurgia. A humanidade daquela lembrança me desarmou. Em tempo. Que bom.
Estiquei o sorriso e a mão. Ele segurou com as duas e não soltou.
- Desculpe aparecer assim, viu? Mas eu precisava muito vir.
- Ah...
- A senhora se lembra...
- Claro, claro... sua esposa...
- Sim? A senhora lembra, não é? Ela faleceu mês passado... Teve uma recidiva, sabe? Lutou tanto, mas...
- Puxa. Eu sinto muito...
- Eu vim aqui pra falar obrigado... Por tudo que a senhora fez. Os trabalhos que a senhora fez com ela. Ela gostou tanto. Falava isso sempre.
- ...
- Mas olha... eu não quero tomar mais seu tempo. A senhora é tão ocupada. Desculpe aborrecer a senhora com essas coisas tristes.
- Não... aborrecimento?... não... eu agradeço...
- Vou indo, então. A senhora me desculpe qualquer coisa. Obrigado mesmo. Ela falava sempre da senhora, viu? Tchau, filha. Fique com Deus.
Subi devagarinho as escadas e fui retornar uns telefonemas que eu achava que não tinha tempo pra fazer.
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segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Playing for fun. No games.
- Hm hum. E por aí? Tudo tranqs?
- Tudo, tudo...
- Recebeu minhas mensagenzinhas?
- É... acho que recebi uma mandando um beijinho.
- Pensei que nao tinha recebido. Sei lá, nem respondeu.
- Ah... Fiquei com raiva que você foi embora.
Morri.
Espera só eu voltar que você vai ver uma coisa!
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domingo, 26 de outubro de 2008
HOT AS HELL série I: pessoas
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sábado, 25 de outubro de 2008
Blarhhh!
Não tô me aguentando de tanto saco cheio!
será tpm? crise? preciso mudar de vida? tenho que aumentar as sessões de terapia? será minha chatice natural?
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Vou abrir uma cerveja. Vai passar.
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sexta-feira, 24 de outubro de 2008
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Ano Novo, Vida Nova
Como diz a Camille: je t' exile, je t' expulse, te catapulte!
Enfim, no processo de exorcismo do traste, ela está numa fase de lembrar com saudade dos amores antigos. Aqueles que não viraram muita coisa, mas deixaram aquela lembrança boa, um gosto bom de história que não esgotou tudo que podia... possibilidades... portas abertas...
Daí ligou pra um ex: - Nossa! Que surpresa boa! Que bom falar com você! Que saudade!
Existe recepção melhor que esta?
Tem coisa melhor do que saber que uma pessoa de quem você gosta, gosta de você de volta?
Agora, o que me diz que ela de fato está se livrando do tóxico foi a continuação que ELA deu ao papo: disse pra ele que estava com saudade e que ele tinha sido tudo de bom na vida dela. E mais, que na lembrança dela ele era um SORRISO! Uma ESTRELA CADENTE! E depois encerrou com a minha preferida: Você é um PEDIDO DE ANO NOVO!!!
Daí eles riram juntos. E ela percebeu que estava bem feliz.
A idéia era justamente essa.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Só me faltava essa...
Acho que eu estou aterrizando de volta.
Pra onde diabos se mandaram as borboletas?
... vazio...
O que?
Quer dizer que agora vou ter que resolver minha vida de verdade?
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quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Chão, chão, chão!
Comprei um sapato de salto bem alto...
será que me afasta um pouco disso?
Tão cansada de tanta realidade...
Em inglês grounded é usado pra algo que tocou o chão.
E também pra dizer que alguém está de castigo.
I rest my case.
Nem eu me aguento!
(Eu sei que vocês tinham que ir embora cuidar das suas vidas... mas tá foda. )
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Eureka I
Faça uma estupidez e tenha algo pior pra se preocupar!
Ressacas
Mas ressaca moral é a pior de todas.
Ainda bem que só tenho lamentado ter fumado demais.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Thunderstorms get me high!
as que gostam e as que não gostam de trovoada e chuva de pedra.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
A Cigarra e A Formiga
Esopo/ La Fontaine/ tradução de Bocage
Passado todo o verão
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.
Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.
Pois tinha riqueza e brilho,
Algum grão com que manter-se
Té voltar o aceso estio.
- "Prometo, à fé d'animal,
Pagar-vos antes d'agosto
Os juros e o principal."
Nunca dá, por isso junta.
- "No verão em que lidavas?"
À pedinte ela pergunta.
Noite e dia, a toda a hora."
- "Oh! bravo!", torna a formiga.
- "Cantavas? Pois dança agora!"
Haja saco pra juntar, juntar, juntar...
Como saber quando é hora de cantar?
Difícil isso aqui, não, minha gente?
Dançar não iremos todos,
um pouco mais pra frente?
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SMS
Quem nunca recebeu um desses que atire a primeira ogiva...
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domingo, 28 de setembro de 2008
A velha metáfora da vida como estação de trem
A Pri e a Dany se foram.
Paulão e Giacca voltaram.
Como é dificil pra mim quando as pessoas se vão!
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sábado, 27 de setembro de 2008
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Elle est savante!
ça se boit vite, ça se boit chaud.
C’est pas comme l’amour impossible
Les ex c’est toujours accessible.
Essa é a Camille, explicando porque pode ser inteligente guardar agendas antigas.
Trecho da música Les Ex, do CD Le Sac de Filles
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Genial parte I
Vinho de lamber carpete.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Eu sinto muito
Aos 9 eu sentia tédio e tinha consciência da gratuidade das coisas. Desconcertava meus pais fazendo perguntas sobre pra quê viver e morrer.
No começo da vida de mocinha, aos 12, fui parar num colégio só de meninas. A vida na bolha. Longa experiência de eu-não-pertenço.
No auge dos 22 eu vivia uma mid-life crisis. Choque de vida de adulto, cuidar dos pais adoecendo. Fomos todos precocemente envelhecidos.
Aos 27 eu já planejava em dois. Nossa casa. Nossa vida. Nossa mudança de país. Eu era “a grande mulher por trás de um grande homem”. Mas na verdade passei um bom tempo me sentindo um abajur.
Agora estou na porta dos 35. Pensando, pensando sem parar. Quem me conhece me diz que eu penso demais, sou intensa demais. Lamento. Eu não escolhi ser assim. Eu sinto demais. O tempo passou muito rápido desde que eu era uma garota interessantíssima de 28. E eu tenho saudade de viver o momento eu-sou-assim-e-pronto e cadê-meu-principe-encantado e todas as histórias de amores errados que aquela garota não viveu.
Vai entender...
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terça-feira, 16 de setembro de 2008
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
A velha metáfora da vida como um rio
Águas seguindo seu curso.
Às vezes aparece uma curva súbita.
Traz a atenção pro correr da vida.
Desliga o automático e faz pensar.
Esse é o lado bom de tudo isso.
O problema é que em curva de rio encalha muita tranqueira...
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
status: disconected
Fico muito "solta" de vez em quando.
Foi assim quando eu acabei a PUC,
quando eu voltei de Philly,
quando o Zeca mudou daqui,
e agora acho que a partida da Pri começou a pesar.
Algumas coisas fazem tanto sentido
que eu quero que elas sejam permanentes.
Mas nada é.
Só a minha solidão que parece ser.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
O que não mata
"What does not kill you, makes you... stranger."
the Joker (do filme Batman, the Dark Knight),
numa versão de provérbio mais interessante do que o nosso
"O que não mata, engorda!"
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
How I wish... hummmm
Torcendo pra acontecer o que?
Detesto que me tirem da minha solidão
pra não me oferecer companhia de verdade.
A noite todos gatos são pardos
A cerveja gelada na esquina, como se espantasse o mal.
Faltou luz mas era dia.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Dilema
Consultório cheio.
E agora?
Curtas...
A vida é curta.
Curta!
A Vida (em tempos Olímpicos)
O que tem depois daqui?
Procriar, nutrir, morrer?
Às vezes me sinto um Trumman idiota
Numa tempestade, me afogando e gritando com "Deus".
Darling, a vida é assim e pronto.
Vai lá, faz seu melhor.
Cumprimenta quem torceu por você.
Agradece os que te ajudaram
e vão lembrar de você por um tempo.
Despede e sai.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Tem gente!
Honey, I am home!
Querips, cheguei!
Olá-á...
Queri?
NÃO FALA COMIGO!
ooops... foi mal...
terça-feira, 19 de agosto de 2008
There is no free lunch
Voltar um pouco pra trás, quando tudo era bem fácil.
Não que agora seja ruim. Não é isso.
É que agora já deu tempo de escolher, definir, ganhar. E perder.
Já consegui entrar em algumas portas.
E o preço foi abrir mão de todas as outras.
Acabo sempre buscando gente que tem NADA a ver comigo.
Mas acho que no fundo essas pessoas combinam:
elas parecem estar meio perdidas por aí.
Aproveitando a incerteza de todas as possibilidades pela frente.
Na minha fantasia, elas têm a vida leve...
Leve como quem ainda não perdeu nada.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Oh! So quiet!
Acho que é um medo aterrorizante de que não aconteça mais nada de extraordinário comigo.
Eu não gosto muito de ficar sem ruído.
Mas se vira barulho também não é bom.
Ah! Não é não.
Como você inventa moda, não?
Desde pequena escuto minha mãe falar isso.
Dizia que eu era "novidadeira".
Tem um apê de cinema com vista pro mar.
Liga um Pizzareli num puta aparelho de som, pega uma taça daquele vinho, sente nos pés a temperatura gostosa do chão de madeira corrida, olha a lua pelo terraço.
Daí vê o lual lá em baixo.
Fogueira, areia úmida, meio gelada, um violão talvez.
Tenta imaginar se ainda seria feliz acampando na praia.
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Pensando bem, será que ainda tem lugar pra ela lá em baixo?
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terça-feira, 29 de julho de 2008
O paradigma S-O: Sujeito - Objeto
Precisa de outro pra fazer sentido.
Senão é que nem um presente que alguém dá mas ninguém recebe.
O que eu mais gosto no mundo é estar na vida dos outros.
Quando eu fico com antipatia de gente eu sei que eu não estou boa da cabeça.
Na nossa casa
Viver as esquisitices sutis que se revelam na convivência.
Tem dias que não está pra conversar.
Liga a TV. Deixa lá ligada.
Sai e vai ouvir um som no computador.
Some no seu mundinho.
Nem me dá a mínima...
Às vezes fica ranzinza por alguma coisa.
Trabalho, grana, barulho esquisito no carro, sei lá.
Fala ríspido, implica!
Eu te deixo quieto.
Reclama mais, bufa sozinho.
Eu finjo que continuo lendo, dando uma risadinha por dentro.
Daqui a pouco passa. Nem lembra mais que estava de mal.
Já já começa a cantar meio baixinho, distraído.
Desencana da música, lembra que eu existo.
- "Iaaaa, cadê meu tenis?"
Vem me encher, fecha meu livro, cheira meu cabelo.
Quem te conhece aí no mundo não tem nem idéia...
É uma delícia ter você por perto.